Eternamente ao seu lado
- Julia!Agüenta! - dizia Carolina desesperada vendo sua amiga agonizando no chão. Julia estava vendo sua vida inteira passando na frente de seus olhos. Recordou-se principalmente de Bibiane, seu primeiro e único amor, elas se conheceram a mais ou menos uns 12 anos atrás, e logo de cara ficaram melhores amigas, eram inseparáveis até que em um dia Julia resolveu contar um segredo a ela, que gostava de mulher, Bibiane não aceitou achava que isso era nojento e se afastou de Julia, foi a maior decepção que já teve na vida, a melhor amiga pensar isso dela apos confessar um segredo tão intimo, mais não podia fazer nada, Bibiane queria assim então assim seja.
Os anos se passaram se formaram no ensino médio e cursaram faculdades diferentes: Julia de musica, ela tocava guitarra muito bem, e Bibiane de medicina. Elas já não se viam há anos mais hoje o destino fez elas se encontrarem.
- Agüenta Julia! A ambulância já ta chegando! - dizia Carol a Julia. Carol era a companheira de Julia faziam faculdade juntas e se davam muito bem, Julia sempre deixou bem claro o que sentia e Carol sabia que o amor de Julia ela jamais teria.
Finalmente a ambulância chega para socorrer Julia que já havia perdido muito sangue, ela foi atingida por um tiro que acertou seu peito do lado esquerdo dificilmente iria sobreviver. Chegaram o mais rápido possível no Hospital.
- Mais como não tem vagas? Ela ta morrendo! - esbraveja Carol apontando pro corpo de Julia deitado sobre a maca.
- Desculpe, é que nós não temos mais condições de hospitalizar mais gente. - diz a recepcionista.
- Quer dizer que vocês vão deixar ela morrer, é isso?
- Só um momento, vou ver se tem algum medico disponível. - dizendo isso a recepcionista sai para procurar um medico.
- Julia, você vai ficar bem, ta? Calma. - Julia já não conseguia ouvir, tinha desmaiado por causa da dor.
No mesmo hospital, Bibiane estava estagiando, adorava a profissão que escolheu, era um pouco puxada mais nada que faça desistir de seu sonho. Estava no refeitório comendo alguma coisa quando ouve a recepcionista falando:
- Preciso de um medico urgente! - mais não tinha nenhum alem de Bibiane, a recepcionista vendo que ela estava de jaleco branco foi pedir ajuda. - Por favor, eu preciso de ajuda... Tem uma pessoa que esta gravemente ferida na recepção, você precisa ajuda - lá.
- Mais é que eu não sou formada ainda, e...
- Não importa o diploma agora senhorita... - a recepcionista Le o crachá, - Bibiane Souza, ela precisa de ajuda.
- Ok, vamos. - e foram ao local onde Julia estava.
Julia estava desacordada, e Carol estava ao lado dela, desesperada, quando chega à recepcionista com Bibiane, a cada passo que dava em direção a maca ela sentia um aperto no coração, chegou à maca e não acreditou no que viu, Julia, nunca pensou que a reencontraria nessas condições, ela sentiu um aperto enorme no peito, se segurou para não chorar, não era hora para isso, tinha que ajudá-la ela era uma pessoa muito querida e não podia deixa ela morrer:
- Julia... - Chamou Bibiane, Julia foi abrindo os olhos devagar e se deparou com os olhos da pessoa que mais ama nesse mundo.
- Bibi...
- Não se esforce eu vou tirar você dessa...
- É muito... Tarde... Pra mim... - se esforçava Julia.
- Não diz besteira! Eu não vou deixar você morrer! - dizia Bibiane para Julia. Bibiane consegui retirar a bala que estava alojada, mais Julia havia perdido muito sangue, e como o hospital não tinha o tipo de sangue de Julia, que era um tipo raro, estava em falta, Bibiane não podia fazer mais nada, apenas esperar, esperar um milagre acontecer.
- Bibi... antes de morrer... Eu preciso te confessar uma coisa...
- Eu tenho que te pedir perdão, por não entender que se você era feliz assim, quem era eu para dizer ao contrario? Eu apenas pensei em mim, na minha imagem, me perdoa? - dizia entre lagrimas Bibiane.
- Quem ama... Perdoa... Por isso é que... Eu te amo... - Julia foi fechando os olhos.
- Ju não morre, não morre! - não adiantava mais ela já estava morta.
No velório estavam todos visivelmente abalados por causa da morte de Julia, seus colegas de faculdade e professores, seus amigos de escola, todos foram dar o ultimo adeus. Marcos um dos colegas de Julia resolveu fazer uma homenagem a ela:
- O que eu posso dizer da Julia? Não á palavras que descrevam o que ela significou para cada um de nós, amiga, companheira ou no meu caso, um amor não correspondido. - ele pega o violão. - Essa é pra você Julia. - e começa a tocar.
É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando eu me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais
Quando eu lhe dizia me apaixono todo dia é sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse: Eu gosto de você também.
Só que você foi embora
Cedo demais
Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer
Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais
Cedo demais
Eu aprendi ter tudo que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz
Do resto não sei dizer
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você esta bem agora.
Cedo demais...
Os bons morrem jovens - (Legião Urbana)
Todos ficaram emocionados com a homenagem, mais o que eles não sabiam era que Julia estava vendo tudo aquilo, pelo menos o espírito dela:
- Mais porque estão todos aqui? - se perguntava Julia sem entender, ela ainda não se deu conta que estava morta,se aproximou do caixão e viu ela deitada nele, - Mais como? - se perguntava, - A não ser que eu esteja...
- Morta.
- Quem é você? - pergunta Julia
- Eu sou o seu anjo da guarda, eu estou aqui para auxiliá-la. - dizia uma figura angelical que estava de frente com Julia. - e sim você esta morta. - Julia não acredita no que ouviu, - eu sei ta sendo duro pra você aceitar, mais logo acostuma. E não se preocupe, eles não podem te ver. - Julia mais conformada com a situação fala:
- Por que você esta aqui?
- Eu já lhe falei, eu vim para auxiliá-la.
- Em que? - pergunta Julia.
- Em atravessar para o outro lado, Julia, você sabe como morreu? - pergunta o anjo.
- Bom foi... Deixa eu me lembrar... Eu estava saindo da faculdade com a minha moto... Até que eu ouvi um tiro, senti uma dor forte no peito e tudo escureceu...
- E você sabe quem deu esse tiro? - pergunta o anjo.
- Não deu pra ver... Ele estava todo de preto e tava escuro...
- Então você vai ter que descobrir quem te matou, Julia, se não, não poderá atravessar. - diz o anjo.
- Mais como eu vou fazer isso? Se você não percebeu ainda, eu to morta.
- Alguém vai ter que te ajuda à pessoa que você mais amou enquanto era viva, ela é a única pessoa que poderá te ver. - diz o anjo.
- Bibiane... Mais isso vai ser muito perigoso pra ela.
- Ela é a única pessoa que pode te ajudar, caso contrario você nunca vai descansar em paz...
- Ta bem, mais com uma condição, que eu possa protegê-la de alguma forma. - dizia Julia.
- Deixa- me ver... Ok. Você poderá tocar em qualquer um que ameaçar a vida de Bibiane até você descobrir quem te matou. Agora vamos encontrá-la, e falar com ela.
- Agora vem à parte difícil ela é teimosa como uma mula. - dizia Julia.
- Vamos. - dizendo isso o anjo e Julia se tele transportaram para aonde Bibiane estava.
- Ela nunca perdeu esse costume... - diz Julia vendo que Bibiane estava no lugar preferido de ambas: A praia. Quando eram melhores amigas elas sempre iam à praia , quando estava vazia, se sentavam na areia e ficavam horas olhando o mar.
- Vocês costumavam virem aqui, não é? - pergunta o Anjo.
- Sim, era nosso lugar favorito. - dizia Julia com um olhar triste, nisso uma moça se aproxima de Bibiane e pergunta se ta tudo bem, Julia olha mais atentamente e vê que aquela moça era uma antiga colega de classe:
- Você não vai ao enterro Bibi? - pergunta a colega.
- Não, eu prefiro não ir, - Bibiane enxuga uma lagrima, - eu quero guardar lembranças felizes dela...
- Tudo bem, eu tenho que ir Bibi... - e a colega da um abraço nela. - se cuida. - e vai embora.
- Ok Julia você precisa falar com ela. - diz o anjo.
- Tem certeza que ela pode me ver? - pergunta Julia.
- Ela pode te ver e até te tocar.
- Ta bom eu vou La... - Julia se dirigiu até onde Bibiane estava se sentou ao lado dela, Bibiane sentiu a presença de alguém olhou para o seu lado esquerdo e pode ver Julia, não acreditou no que viu:
- Julia... - as lagrimas já tomavam conta de seu rosto.
- Bibiane, eu...
- Ju, me diz que tudo isso passou de um sonho, e que você não morreu...
- Quem me dera... Não foi um sonho bibi, eu to morta.
- Mais como... Você é um...
- Fantasma? Sim. - Julia estende a mão - mais só você pode me ver e me tocar - e Bibi toca a mão de Julia.
- Por que só eu? - pergunta Bibi sem entender. Julia a olha nos olhos e fala:
- Por que só a pessoa que eu amo tem esse dom. - diz Julia.
- Julia eu... - começa Bibiane mais é interrompida.
- Moça você esta bem? - pergunta um menino.
- Sim estou sim! - diz meio envergonhada Bibi.
- Você tem que parar de falar sozinha, moça, ou vão começar a te chamar de loca. - diz o menino.
- Eu vou me lembra do teu conselho, garoto. - diz Bibi ao garoto que foi embora.
- É melhor nós irmos para um lugar onde ninguém nos interrompa - diz Julia e continua. - se não alguém pode ligar pro manicômio e virem te internar. - ri Julia com a piada.
- Engraçadinha! Nem depois de morta você perde o teu senso de humor.
- É... - diz com um olhar triste Julia. - Bom, vamos à sua casa? La a gente conversa mais a vontade.
- Tudo bem... - saíram da praia e foram a casa de Bibiane, não tinha ninguém em casa, ainda bem que ela tinha a chave pego-a e abriu a porta, entraram na casa e subiram as escadas até o quarto de Bibiane entraram. Julia avistou uma foto das duas, na época de escola, em um porta retrato em cima do criado-mudo:
- Eu pensei que você já tinha jogado fora. - diz Julia se referindo à foto.
- É uma lembrança boa, eu jamais poderia jogá-la fora. - diz Bibi enchendo os olhos d'água e começando a chorar. - É tudo culpa minha, Ju, tudo. É culpa minha você ter morrido.
- Você não atirou em mim Bibi, não foi sua culpa. Era pra ser assim, não se culpe por isso. - Julia tentava amenizar um pouco a culpa que Bibi carregava.
- Eu não sirvo pra ser medica, Ju, eu...
- Bibi, se lembra quando éramos pequenas, do que costumávamos brincar?
- Sim. Eu brincava que eu era medica e você a paciente, mais você sempre fugia pra brincar com os meninos de bater lata. - diz Bibi dando um sorriso.
- Você desde aquela época já sabia que carreira seguir, e eu sei que tem muito talento, agora que ta prestes a realizar esse sonho vai abandoná-lo? Não deixe que a minha morte faça desistir desse sonho.
E Bibi vai em direção a Julia e a abraça. Como era abraçar um espírito? Não tem como descrever, mais era tão bom, muito diferente de abraçar um corpo humano, era com se tivesse abraçando um ar morno e aconchegante.
- Bom Bibi eu vim te pedir uma coisa. - diz Julia afastando Bibi de seus braços.
- O que seria?
- Bibi eu vou direto ao assunto, eu preciso muito da sua ajuda. - diz Julia e continua. - Eu preciso descobrir quem me matou ou eu nunca vou descansar em paz.
- Mais como eu vou te ajudar nisso Julia?
- Não sei. Mais você é a única que pode. Isso pode ser muito perigoso Bibiane, se não querer me ajudar eu vou entender. - diz Julia.
- Eu não vou te abandonar de novo Julia... - diz Bibi, Julia apenas sorri. - Mais você tem algum palpite de quem é seu assassino? - pergunta Bibiane.
- Sim, é um colega de faculdade. Ele nunca aceitou que eu gostava de mulher, ele sempre me assediava, e ele uma vez me falou uma coisa que se eu não fosse dele, eu não seria de mais ninguém, por isso acho que foi ele.
- Quem é ele Ju?
- O nome dele é Marcos da Silva. Ele é muito popular e temido na faculdade por que ele se mete com gente barra pesada.
- Então temos que começar a investigar e reunir provas para colocá-lo na cadeia caso ele seja culpado.
- Sim, mais acho que temos que deixar para amanha, já ta tarde e ta escuro. - diz Julia.
- Ta bom. - nisso alguém bate na porta do quarto, era a mãe de Bibiane.
- Filha você esta bem? Eu sinto muito por Julia, sei que eram grandes amigas.
- Sim mãe, eu já estou conformada com isso.
- Ela deve estar num lugar melhor agora... Você não comeu o dia todo minha filha, vou trazer alguma coisa pra você comer. - dizendo isso a mãe de Bibi saiu do quarto. Não demorou nem 10 minutos e voltou com uma bandeja com comida, a entregou a Bibiane, lhe deu boa noite e se foi. Bibiane estava faminta, não tinha comido nada o dia todo, então comeu tudo o que a mãe lhe trouxe. Colocou uma musica baixinha tomou um banho e se recolheu.
- Você não vai dormir Julia? - pergunta Bibiane.
- Fantasmas não dormem Bibiane... - diz Julia em tom de brincadeira.
- Ha! Desculpa, eu me esqueci. Mais o que você vai fica fazendo? - Pergunta Bibi já deitada na sua cama.
- Sei lá.
- Então vem deitar aqui. - a cama dela era de casal.
- Não faz isso comigo Bibiane. Eu posso estar morta mais eu ainda te amo e te desejo. Eu posso te tocar, eu não quero cometer um erro.
- Desculpa se te ofendi de alguma forma Julia, não era a minha intenção. - e Bibiane se vira para o outro lado magoada, Julia que a conhecia muito bem se desculpou.
- Desculpa Bibi, eu não queria magoá-la, é que... Eu te amo e fica muito difícil pra mim, qualquer toque que eu der em você eu...
- Eu entendo Julia, mais o que você vai fazer a noite toda?
- Vou velar o teu sono. - disse Julia, Bibiane corou e disse apresada.
- Boa noite. - e se virou para o canto, seu coração estava a mil, suas mãos suavam, será que estava se apaixonando por um fantasma?Não sabia dizer, mais tinha a certeza de uma coisa: Que seus sentimentos em relação a Julia mudaram.
Semanas aviam passado e Bibiane estava progredindo com as investigações, colheu depoimentos de pessoas da faculdade de Julia sobre o Marcos, todos diziam a mesma coisa: que era um bandido. Bibiane conseguiu um depoimento importante do zelador da faculdade, ele foi o único que viu quando Julia levou o tiro:
- Por favor, me conte o que aconteceu naquele dia. - pedia Bibiane.
- Bom eu estava colocando o lixo pra fora como todos os dias e de longe eu avistei uma figura estranha, toda de preto, se aproximando da moto da Julia, quando ela ia colocar o capacete ele atirou. - finaliza o zelador.
- Foi isso mesmo que aconteceu? - pergunta Bibiane ao zelador e ao mesmo tempo para Julia que estava ao seu lado.
- Sim Bibi... - diz Julia a Bibiane.
- Foi isso que aconteceu Srta... Era uma moça tão jovem... Eu lamento a morte dela...
- É... Todos nós lamentamos... Eu preciso da sua assinatura senhor. - diz Bibiane estendendo o papel para o zelador.
- Se é pra colocar aquele cara na cadeia, tudo bem. - ele pega uma caneta e assina o depoimento que Bibiane pegou dele. Ele assinou e foi embora.
- Ju, isso não é o suficiente pra colocar ele na cadeia. - diz aborrecida Bibi.
- Espera Bibi, a universidade tem câmeras de segurança, quem sabe algumas delas filmaram o desgraçado. - diz Julia esperançosa.
- Á essa hora a policia deve estar com todas as fitas. - diz desanimada Bibi.
- Droga!E agora o que a gente vai fazer?
- Não sei Julia, não sei... - elas estavam em uma praça próxima a casa de Bibiane, uma menininha se aproxima de Bibiane e fala:
- Oi.
- Oi tudo bem?
- Tudo sim, você que ver as fotos que eu tirei tia? - e a menina mostra uma câmera digital.
- Ta bom... - e a criança começa a passar as fotos que ela tinha tirado.
- Essas foram as que eu tirei, eu vou te mostrar as que meu irmão tirou. - e a menina começa a passar, era noite então as fotos ficarão um pouco escuras.
- Ei Bibi, essa na foto sou eu. - diz Julia que estava do lado dela.
- Menina quando que seu irmão tirou essas fotos? - perguntou Bibiane.
- O meu mano disse que essa moça da foto morreu, que esse moço aqui... - e mostra uma foto de Marcos com a arma na mão apontando para Julia. - matou ela. - diz a menina. Bibi não acreditava, encontraram a prova concreta de que Marcos matou Julia.
- Você pode me emprestar um segundo a sua maquina? - pergunta Bibi.
- Claro. - e lhe entrega a maquina, Bibiane tira seu notebook da mochila e conecta a maquina a ele passando as fotos, quando passou entregou a maquina a menina dizendo:
- Obrigado moçinha, você me ajudou muito. - e Bibi foi à delegacia entregar a prova concreta de que Marcos era o assassino.
Um mês se passou e La estava Marcos sendo julgado e condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Julia e mais 15 anos por trafico de drogas e formação de quadrilha, Bibiane estava com uma sensação de dever cumprido, foi pra casa feliz. Os seus sentimentos em relação a Julia mudaram drasticamente, de um a pura amizade para amor, ela a amava mais pena que era tarde, muito tarde, antes de Julia partir ela precisava falar o que sentia. Chegou a sua casa, subiu as escadas e abriu à porta de seu quarto, Julia estava a esperando:
- Eu estava te esperando, pra me despedir...
- Vamos Julia. - dizia o anjo ao lado de Julia.
- Poderia nos deixar a sós anjo. - pedia Julia.
- Ok. Mais seja breve. - e o anjo se foi.
- Com quem você esta falando Julia?- pergunta Bibiane confusa.
- Com o meu anjo da guarda, só eu posso ver ele. - diz Julia a olhando tristemente continua. - Eu preciso ir Bibi...
- Eu sei... - diz Bibi baixando a cabeça. - mais antes eu preciso falar uma coisa.
- Fale. - Bibiane olha nos olhos de Julia de diz.
- Eu te amo Julia... - diz dando um abraço em Julia. Julia não acreditava nisso.
- Creio que seja tarde demais pra gente... - dizia Julia, Bibiane entre lagrimas diz.
- Eu sinto muito Julia, eu só me dei conta que te amava agora...
- Eu também sinto Bibi... - diz Julia.
- Eu queria que você ficasse essa noite comigo Julia... - nisso o anjo chama Julia. Ele estava vendo tudo.
- Julia eu posso falar com você?
- Ta bom anjo, eu já volto. - dizendo isso pra Bibi e indo com o anjo em um lugar para conversarem. - O que você queria falar comigo anjo?
- Eu ouvi tudo Julia, o criador entrou em contato comigo, e me deu uma ordem, você pode ficar humana por uma noite, mais só até os primeiros raios de sol aparecerem, depois você tem que ir comigo, ok? - Julia não consegue conter tanta alegria.
- Sim senhor! - diz brincalhona Julia, então o anjo a levou até Bibiane, chegou lá e encontrou Bibiane deitada na cama chorando. O anjo se foi deixando Julia ali, ela se aproximou de Bibi e disse em seu ouvido:
- Não chora linda... - Bibiane levou um susto mais se recuperou rapidamente. - eu disse que voltava... - Bibiane toca Julia no rosto e sente que ela não era um fantasma.
- Ju, você é...
- Sim, pelo menos até que amanheça... - e Julia a beija com todo amor que estava reprimido em seu coração, - eu te amo.
Elas se entregaram uma à outra com todo o amor que sentiam uma pela outra.
Eu me lembro sempre onde quer que eu vá
Só um pensamento em qualquer lugar
Só penso em você
Em querer te encontrar
Só penso em você
Em querer te encontrar
Lembro daquele beijo que você me deu
Que até hoje esta gravado em mim
E quando a noite vem
Fico louco pra dormir
Só pra ter você nos meus sonhos
Me falando coisas de amor
Sinto que me perco no tempo
De baixo do meu cobertor
Eu faria tudo pra não te perder
Assim
Mais o dia vem
E deixo você ir
Julia percebeu que estava amanhecendo, já era hora de ir. Olhou para o seu lado Bibiane estava dormindo profundamente, não queria acordá-la, então escreveu uma carta:
“Bibiane, eu não quis acordá-la, por isso escrevi essa carta de despedida. Não vou dizer adeus, por que sei que logo nos vamos nos encontrar novamente, minha viva só valeu a pena quando eu conheci você , meu amor. Eu lhe sou eternamente grata por tudo. De onde eu estiver vou estar cuidando de você, te amo.
Pra sempre sua: Julia. "
Bibiane leu a carta algumas lagrimas teimaram em cair.
- Julia eu sei que você pode me ouvir, agora escuta. Você sempre foi o meu porto-seguro, mais só agora eu me dei conta disso, e eu lamento muito ter percebido tarde demais... Eu te amo Julia. Até breve meu amor...
Eu faria tudo pra não te perder
Assim
Mais o dia vem
E deixo você ir.
(Deixo - Ivete Sangalo)
Nove meses depois...
- Vamos Bibiane! Empurra!
- Eu to empurrando droga! Ha! - se contorcia de dor em uma sala de parto Bibiane. Depois de muito esforço nasce uma linda menina.
- É uma menina! Parabéns! - diz a doutora a Bibiane lhe entregando a menina.
Em um lugar muito longe dali...
- Julia, eu tenho uma coisa pra te mostrar...
- O que seria Anjo? - pergunta Julia curiosa. - ele então mostra, em uma espécie de espelho, Bibiane com sua filha.
- É Bibiane... Mais quem é aquela criança? - pergunta Julia sem entender.
- Ela é filha de Bibiane e... Sua também. - diz o anjo.
- Impossível! Mais como? Eu não tinha como engravidar a Bibiane. É impossível.
- Para a medicina é Impossível, mais para deus não é. Esse foi um desejo do Senhor. - Julia olha para o anjo esbanjando alegria. Aproxima-se do espelho e toca o rosto de sua filha.
- Minha... Filha... Anjo eu posso ver a minha filha mais de perto? - pergunta Julia esperançosa.
- Não sei Julia... Sem a autorisação do Senhor nós não podemos... - o Anjo foi interrompido por uma voz forte mais ao mesmo tempo doce.
- Julia, minha filha, eu autorizo você a ver sua família, mais por pouco tempo. - diz Deus a Julia que ficou muito feliz com a noticia.
- Muito obrigado Senhor... - diz se tele transportando para onde sua filha estava. A criança estava na maternidade com outros recen nascidos, Julia reconheceu sua filha no meio de todas aquelas crianças e se dirigiu a ela, “é linda igual à mãe" diz Julia.
- Oi filhinha... Dizem que crianças conseguem ver anjos, eu espero que esteja me vendo, minha menininha, a mamãe sempre vai cuidar de você, ta? Onde eu estiver sempre vou olhar você. E cuida da sua outra mãe pra mim, não deixa ninguém se aproveitar dela, eu te amo minha filha. - e se despede com um beijo em sua filha. Julia estava com o tempo contado mais antes de ir precisava ver Bibiane. Foi ao quarto dela. Bibiane estava lendo um livro deitada na cama.
- Como sempre... Muito estudiosa. - dizia Julia entrando no quarto, Bibiane ao ouvir a voz não pode acreditar Julia.
- Julia...
- Eu vim ver se estava tudo bem com você e... Nossa filha. - diz Julia dando um sorriso.
- É nossa filha... - diz Bibi retribuindo o sorriso com outro. Julia se aproxima e senta na cama.
- Sabe qual o nome que vai dar a ela?
- "Julia" é um lindo nome você não acha? - pergunta Bibi dando um sorriso.
- É perfeito! - já estava acabando o tempo de Julia então se despediu. - Eu tenho que ir meu amor. Saiba que eu sempre vou estar de olho em vocês duas... - se vira pra ir mais antes diz. - Eu te amo. Quando der eu venho te assombrar de novo.
- Eu também te amo, sua boba, acho bom que venha mesmo. - e Julia se foi.
Bibiane sabia que dali pra frente à vida seria dura. Mais sabia que Julia sempre lhe daria apoio e nunca a deixaria cair, prometeu a ela que não desistiria, continuaria vivendo até um dia elas voltarem a se encontrar e viver esse amor por toda a eternidade.
FIM.
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